O reaquecimento da demanda mundial – resultado dos pacotes de resgate de diversos governos e da vacinação em massa – é, sem dúvida, uma excelente notícia para a economia global. Por outro lado, traz problemas conjunturais e expõe gargalos estruturais na logística internacional de trânsito de mercadorias.
O que vemos, hoje, é uma escassez de contêineres, com escalada sem precedente nos custos dos fretes e enormes filas em portos ao redor do planeta, comprometendo o fluxo de importações e exportações. O atual cenário marítimo-portuário impõe desafios ao agronegócio brasileiro, de uma forma geral, e à cotonicultura em particular.
O que vemos, hoje, é uma escassez de contêineres, com escalada sem precedente nos custos dos fretes e enormes filas em portos ao redor do planeta, comprometendo o fluxo de importações e exportações. O atual cenário marítimo-portuário impõe desafios ao agronegócio brasileiro, de uma forma geral, e à cotonicultura em particular.
Além do aumento do valor dos contêineres do Brasil para os mercados asiáticos, principal destino do algodão brasileiro, são constantes as rolagens de datas de embarque e o cancelamento de bookings. Só saberemos o custo exato desta situação para a cadeia do algodão no final da safra.
Até o momento, segundo estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), de 50 a 100 mil toneladas que seriam embarcadas no segundo semestre de 2021 foram transferidas para o primeiro semestre de 2022. O atraso nos embarques implica em custos adicionais de financiamento, armazenagem, seguro, etc.
Na prática, a média diária de embarques em outubro foi cerca de 20% inferior á registrada no mesmo período em 2020. O volume equivale ao recuo da produção na safra 20/21, que totalizou 2,32 milhões de toneladas contra 3 milhões de toneladas no ciclo anterior. As tradings que já tinham frete contratado estão conseguindo escoar um volume importante e acreditamos que todo o algodão comercializado será efetivamente embarcado, ainda que em um prazo maior.
Fonte: Globo Rural